Revolta de Canudos.

   Na primeira fase da República, os movimentos sociais chegaram ao campo.

   A insatisfação no campo, por sua vez, originava-se de extrema miséria, da exploração e do abandono a que a população rural estava submetida. As origens dos conflitos rurais quase sempre remontavam ao choque de interesses entre as populações mais humildes, que lutam pela posse da terra, e os coronéis locais, que sempre viveram da exploração dos camponeses, menos afortunados.

   A Guerra de Canudos foi, sem dúvida, o principal movimento rural desse período. Ocorrida no interior da Bahia, deve ser entendida como uma revolta de natureza social, que teve como princípio a enorme miséria do sertão nordestino.

   Antonio Vicente Mendes Maciel (Antonio Conselheiro), era um tipo de de pregador religioso itinerante que, conseguiu juntar numerosos seguidores que o acompanhavam por todos os lugares, era como um messias que garantia a salvação e dizia que o reino de Deus era o tal "arraial de canudos".

   Os incidentes entre os seguidores do beato e as autoridades baianas eram constantes. Depois do conflito em Bom Conselho, onde conselheiro colocou fogo em editais da prefeitura, que estabeleciam a cobrança de novos impostos, seus seguidores derrotaram as forças policiais, o grupo refugiou-se em seguida numa fazenda abandonada perto de um rio temporário, o Vaza-Barris. Aí surgiu o Arraial de Canudos, que, em pouco tempo passou a contar com 5.000 moradias e uma população estimada entre 20 e 30 mil habitantes. Em Canudos, organizou-se um comunidade onde a população tinha acesso á terra, o trabalho era dividido e a colheita repartida entre os membros.

   Canudos que havia se tornado uma esperança de melhores condições de vida para uma população explorada pelo latifúndio e castigada pela seca, começou a incomodar os fazendeiros que nao se conformavam em perder os camponeses que trabalhavam em suas terras por qualquer preço, começaram a reivindicar sua destruição.

   Depois de derrotar expedições militares com 100, 600 e 1200 homens, Canudos foi destruído por uma expedição do Exército composta por mais de 7.000 soldados que, durante mais de um mês e meio, bombardearam intensamente o povoado, que resistiu quase até o último homem.

   Antonio Conselheiro foi morto brutalmente, violentamente.

 

  Imagens:

 Prisioneiros da Guerra de Canudos.

 

  

Antonio Conselheiro e sus seguidores.

 

 Povoado de Canudos sendo incendiado pela Expedição do Exército.

 

Fonte de pesquisa: imagens no google, livro de pesquisa de história - ManualEducar (editora Claranto)